Tipografia
- Rosanny
- 7 de nov. de 2016
- 2 min de leitura
Peter Behrens tinha grande interesse pela tipografia sem serifa, como uma tentativa deliberada de expressar o espírito da nova era.
Em 1900, Behrens compôs seu livreto de 25 páginas, Feste Des Lebens Und Der Kunst: eine Betrachtung des Theaters als Höchsten Kultursymbol (Celebração da vida e da arte: uma consideração sobre o teatro como símbolo mais alto de uma cultura), em tipo sem serifa.
Peter Behrens, folha de rosto e página de dedicatória para Feste des Lebens und der Kunst, 1900.
"Cansados de insistir no cisma da cultura tipográfica alemã e de afirmar que a Fraktur era a única que devia compor textos alemães, pondo-a em oposição às Romanas, vários designers criaram soluções híbridas, letras que combinavam a estética das Romanas com a rítmica da Fraktur." (Link)
E já que a reforma tipográfica era um dos principais interesses de Behrens. Ele se empenhou muito com um fundidor conservador, num esforço para desenvolver um nato tipo. Depois entrou em contato com o Dr. Karl Klingspor da Fundição Klingspor que concordou em fabricar e lançar o primeiro tipo de Behrens, o Behrensschrift, em 1901.
Este desenho de letra alcançou rapidamente sucesso, sendo designada para as Exposições Internacionais de 1904 e 1910.
O Behrensschrift era uma tentativa de reduzir todo floreado poético que marcasse as formas, e com isso torná-las mais universais.
Peter Behrens, páginas de Manfred, de Georg Fuchs, 1903. O Behrensschrift é sistematicamente usado com cabecéis, vinhetas finais e fólios.
- Behrens-Antiqua
Em 1908, surgiu a Behrens Antiqua. Lançada pela Fundição Klingspor, primeiro para uso exclusivo da aeg, e mais tarde para uso geral.
Behrens tinha três intenções importantes para esse novo tipo:
diferenciar as comunicações da aeg de todos os outros materiais impressos;
formas mais universais que individualizadas pelo toque da mão de um artista específico;
tentativa de dar um caráter monumental que podia evocar conotações positivas de qualidade e desempenho.
O tipo Behrens-Antiqua tem a qualidade solene, monumental das letras romanas. Behrens desenhou ornamentos inspirados por antigos objetos de cerâmica e metal gregos e romanos, cujas propriedades geométricas reforçavam sua crença de que a geometria podia tornar o ornamento universal e impessoal.
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